Sites estáticos e sites dinâmicos: quais as diferenças?

sites estáticos e sites dinâmicos

Hoje na internet existem aproximadamente mais de 1 bilhão e 234 milhões de sites, de acordo com a Internet Live Stats, organização responsável por analisar dados da internet em tempo real. E a cada segundo que passa surgem em média mais 10 sites.

Aposto que você não deve ter acessado nem 1% disso, não é mesmo?

Embora a quantidade seja assombrosa (e que não para de crescer, obviamente), uma questão interessante aqui é que, sejam estes blogs, sites corporativos, e-commerces ou portais, basicamente é possível classificá-los em dois grandes grupos de acordo com sua forma de atualização de conteúdo: sites estáticos ou sites dinâmicos.

Se você já precisou criar um site para você ou para um cliente, talvez estes termos já sejam familiares a você. Ou talvez já tenha se questionado:

  • Devo ter um site estático ou é melhor um dinâmico?
  • Quais as diferenças entre eles?
  • Qual a vantagem de cada um e qual mais fácil de utilizar?
  • Quais as novas tendências de mercado e inovações sobre isso?

Bem, me atentarei aqui a responder à estas perguntas (e espero que um pouco mais). Vamos então começar pela origem de tudo.

A origem de tudo (online)

Você sabe como começou a internet?

Ao contrário do que se acredita, o princípio da internet foi criado em 1969 em um laboratório norte-americano chamado de Arpanet. Lá foi enviado o primeiro e-mail da história, entre dois professores de Universidades.

Apesar de ter uma proposta interessante, essa “rede” não era aberta e nem acessível à boa parte da população. Essa web era ligada diretamente ao departamento de Defesa dos EUA e foi uma ferramenta utilizada no período de Guerra Fria para prover comunicação entre acadêmicos e militares. Ou seja, se dependêssemos disso, hoje ainda estaríamos bem rudimentares na comunicação web.

Mas muito tempo depois é que as regras do jogo mudaram. Graças ao Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern) – sim, o mesmo que criou o famoso acelerador de partículas – com a ajuda de um cientista chamado Tim Berners-Lee, é que as informações disponibilizadas na internet se tornaram disponíveis ao alcance de qualquer usuário. A partir desse momento, finalmente, a web se tornou democrática e acessível a todos.

Assim surgiu a World Wide Web, e como melhor conhecemos, a WWW.

Neste período inicial, os sites não eram lá muito “amigáveis” com o usuário: eram aquelas páginas de texto branco-pretas com alguns hyperlinks marcados em azul anil. Para os padrões de webdesign atuais, os sites seriam vistos como “sem-graça” ou “sem interatividade” com o usuário.

Aliás, pode-se dizer que não se passavam de documentos de texto lidos pelo navegador que, para promover qualquer atualização de conteúdo, era necessário mexer no código do site. Eram, portanto, sites puramente estáticos com linguagem de marcação HTML.

Evolução da internet

Mas então como tornar as atualizações e alterações dos sites mais dinâmicas e fáceis?

Bem, a solução para esses problemas não demorou muito.

A primeira resposta tecnológica a este problema foi relativamente simples: gerar o próprio código HTML no servidor. Ou seja, de acordo com uma ação específica do usuário como, por exemplo, fazer uma busca no site, o “servidor” enviaria a nova página do resultado da busca dinamicamente. Nasceu, então, a tecnologia CGI (Common Gateway Interface).

Na época, foi uma tecnologia importante para gerar páginas dinâmicas, pois permitia a um navegador passar parâmetros para um programa alojado num servidor web. Revés: apesar de dinâmico, havia pouca interatividade com o usuário. O site respondia só a ações muito específicas e demorava muito pra processar.

Mas não precisou de muito mais que isso para começar a deixar as pessoas “viciadas” na web. Com o aumento da velocidade da internet, usuários cada vez mais sentiram necessidade de ter maior interação e autonomia, gerando uma demanda por soluções que permitissem suprir essas necessidades.

E com isto, surgiu outra pergunta ainda mais importante: como realmente deixar o site mais interativo no lado do usuário?

Aí sim surgiu a web 2.0. Algo mais próximo do que vivemos hoje em dia.

O próprio termo remete à época quando ocorreu o boom de popularidade dos blogs. Isto decorreu da demanda por criação de comunidades e maior participação dos usuários.

Era a web como plataforma, interação, e não somente mais como acesso de informações básicas. As redes sociais consagraram como símbolo dessa nova internet, onde o público tem alta participação e é produtor de conteúdo.

Estáticos x Dinâmicos

Analisando agora este histórico, você saberia dizer qual a diferença entre um site estático e um dinâmico? Para um observador não muito atento, ambos parecem a mesma coisa.

Os termos estático e dinâmico, como falamos anteriormente, estão diretamente relacionados ao modo de disponibilidade de conteúdo do site.

Fizemos um comparativo abaixo para ajudá-lo nesta questão:

Características principais dos sites estáticos:

  • Conteúdo introduzido/alterado/excluído manualmente no código do site, ou seja, para modificar seja layout ou conteúdo há a necessidade de um técnico na área.
  • Sem sistema de gerenciamento de conteúdo.
  • Interpretado somente na máquina do usuário.

Características principais dos sites dinâmicos:

  • Conteúdo introduzido/alterado/excluído automaticamente através de scripts no servidor, através de linguagens como PHP, Python, Ruby, Java, entre outros.
  • Com sistema de gerenciamento de conteúdo.
  • Site pré-processado no servidor e posteriormente interpretado na máquina do usuário.

As vantagens e os custos de ser estático

Sites estáticos têm como vantagens a velocidade de carregamento e o baixo custo de desenvolvimento.

Entretanto, se houver a necessidade de atualizar o conteúdo, a sua manutenção torna-se cara. Geralmente, por si só, são mais utilizados por quem deseja ter uma versão de seus portfólios, relação de serviços e endereços de contato, por exemplo.

Tecnicamente, um site estático é escrito basicamente em HTML, mas atualmente sempre terá como acompanhamento o Javascript (para dar interatividade à página e realizar funcionalidades na camada do cliente) e o CSS (basicamente, o estilo dado à página).

Vantagens

  • Alta velocidade de carregamento.
  • Custo baixo de desenvolvimento.
  • Servidores são mais baratos ou até gratuitos.
  • Facilidade em adaptar layouts mais modernos e que seguem novas tendências.
  • Dificilmente ficam fora do ar.
  • Custo de manutenção é baixo, caso não tiver necessidade de atualização constante.

Custos

  • Custo de manutenção é alto, caso tiver a necessidade de atualização constante por parte de um técnico.
  • Se não é atualizado periodicamente, pode se comprometer no SEO (otimização para ser encontrado pelos buscadores).
  • Não tem um gerenciador de conteúdo (CMS).
  • Dependência de atualização com um profissional técnico da área de webdesign.
  • Não há banco de dados, ou seja, não há possibilidade de guardar nenhuma forma de dados através de interação de usuários.

As vantagens e os custos de ser dinâmico

Em um site dinâmico, todo ou parte do conteúdo das páginas é carregado automaticamente através de processamento no servidor de hospedagem. Este processo é conhecido como conteúdo construído on the fly, ou seja, no momento em que a página é requisitada pelo navegador.

Portanto, o site depende de um CMS (sistema de gerenciamento de conteúdo) para disponibilizar toda esta interatividade e atualização de conteúdo pelo cliente. Geralmente o local onde o site está hospedado é o mesmo onde está o CMS, o que pode acarretar em uma hospedagem mais cara para o usuário em relação a um que é somente estático.

Vantagens

  • Possibilidade de atualização de conteúdo pelo cliente, sem dependência de profissional técnico.
  • Alta possibilidade de customização de layout e adição de plugins ao site.
  • Mais interativo para captação e retenção de usuários no site.
  • Gestão de conteúdo.
  • Possibilidade de adicionar usuários responsáveis para atualização de conteúdo.

Custos

  • Custo de desenvolvimento é invariavelmente mais alto, pois sua produção é mais demorada.
  • Dependência de um CMS, como WordPress, Joomla ou outros sistemas, para atualização de conteúdo.
  • Custo mais alto de hospedagem em relação ao site estático.
  • Necessidade de backup do conteúdo, para prevenção de perda de dados ao longo do tempo.
  • Pode apresentar lentidão se não for bem desenvolvido ou se adicionar funcionalidades demais.

Transitando entre os dois mundos

Atualmente existe uma nova tendência no mundo da tecnologia web que propõe inovar com estes modelos:  sites estáticos que são atualizados dinamicamente. Esta é a que particularmente acredito e aposto que tem uma boa possibilidade de crescer nos próximos anos.

Neste caso, a ideia principal é unir o melhor dos dois mundos: a velocidade, segurança, escalabilidade e baixo custo dos sites estáticos com a dinamicidade e usabilidade dos dinâmicos com gerenciadores de conteúdo para o cliente.

Existem várias formas tecnológicas de fazer isto, e surgem novas ideias a todo o momento.

Algumas iniciativas como: gerenciadores de conteúdo como serviço, conexões via API, e por aí vai. Um movimento fora do país que tem ganhado voz é o JAMStack: que basicamente prega utilizar integrações para tornar o site estático tão dinâmico quanto um convencional com tecnologias de backend. O acrônimo significa: Javascript (linguagem de programação para o browser), APIs (comunicação e integração entre sistemas web) e Markup (linguagem de marcação, como o HTML).

Aliás, no contexto da Netzei, este é o nosso principal desafio, assim como propósito. Idealizamos uma internet mais rápida, segura e interessante para quem faz uso dela.

Nosso objetivo é desenvolver soluções digitais capazes de alavancar micro e pequenas empresas. Para isso, produzimos uma plataforma única no Brasil capaz de transformar sites estáticos em dinâmicos, proporcionando mais velocidade, segurança e escalabilidade para nossos clientes.

Conclusão

Neste post apresentei quais as principais diferenças entre sites estáticos e dinâmicos, um pouco da história da internet e novas tendências no mercado web. Além disso, avaliei alguns benefícios e desvantagens conjuntamente com você.

Espero ter esclarecido melhor para você que está decidindo fazer um site. Ou somente se desejava entender mais sobre o assunto. Se gostou do post, compartilhe com os amigos! Não deixe de seguir também o Tudo Sobre Hospedagem de Sites nas redes sociais para manter-se atualizado com as melhores informações e tecnologias sobre hospedagem e sites. Se ficou com dúvidas, deixe um comentário na página!

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Por:

Thiago Verney é desenvolvedor web, jornalista e empreendedor na Netzei, empresa de tecnologia especializada em soluções digitais escaláveis para alavancar micro e pequenas empresas no Brasil de forma interativa e inovadora.

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