O domínio é uma das peças fundamentais para qualquer site. Como diz o slogan de uma famosa empresa de hospedagem, na internet, tudo começa com um domínio. É através dele que as pessoas vão encontrar e navegar no seu site.
O domínio de um site segue uma estrutura bem conhecida, como por exemplo site.com.br. Pois as partes desta estrutura possuem uma nomenclatura bem específica. É aí que moram as TLDs, gTLDs e ccTLDs.
Se você está confuso com esta sopa de letrinhas, não se preocupe. Vamos esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto agora e entender de uma vez por todas o significado dessas siglas.
O que é TLD
A sigla TLD refere-se às iniciais de Top-Level Domain, cuja tradução é domínio de nível de topo, ou simplesmente domínio de topo. Certo, mas onde encontro a TLD de um domínio? Para entender isso, devemos conhecer a anatomia de um domínio.
Um domínio é formado, em sua estrutura mais básica, por duas partes: o nome do domínio e o domínio de topo. O nome do domínio pode ser qualquer nome, desde que este esteja disponível para registro. Já o domínio de topo deve ser selecionado de uma (grande) lista de TLDs existentes.
No exemplo site.com, o item site é o nome do domínio e .com é o domínio de topo (TLD). Portanto, podemos registrar qualquer nome de domínio que estiver disponível dentro do domínio de topo .com. Como, por exemplo, meusiteincrivel.com e lojinha-da-joana.com. Os domínios de topo podem ser divididos em categorias, como veremos a seguir. A lista completa de TLDs disponíveis na internet está disponível nesta página do site da ICANN do site da ICANN, que é a entidade responsável por controlar a criação e disponibilização de novas extensões de domínio.
O que é gTLD
gTLD é o acrônimo de Generic Top-Level Domain, cuja tradução seria algo como domínio de topo genérico. Como o nome sugere, esse tipo de extensão se refere às TLDs genéricas. As gTLDs foram criadas e batizadas dessa forma nos primórdios da internet e qualquer TLD que não está ligada a um país ou região pode ser chamada de gTLD.
A gTLD mais conhecida e mais usada em todo o mundo é a .com. Esta TLD genérica foi criada inicialmente para entidades comerciais (daí o “com”), mas ela é usada atualmente para sites de qualquer natureza.
Outras extensões de domínio genéricas incluem a .org, para organizações de qualquer segmento, .gov, para uso governamental, entre muitas outras. Assim como ocorreu com a .com, muitas destas terminações genéricas tiveram seu uso ampliado para outras áreas, como é o caso por exemplo da .net, que foi criada inicialmente para infraestrutura de redes (network) e atualmente pode ser usada para qualquer fim. A lista completa de gTLDs ou domínios de topo genéricos pode ser encontrada neste link da Wikipedia.
O que é ccTLD
A esta altura, alguns podem estar se perguntando: — ué, mas e a terminação “.br”, onde entra nessa história? Ótima pergunta! Como você pode ter deduzido, o .br também é parte da extensão de um nome de domínio e ele se refere ao país do domínio em questão. No caso, o .br se refere ao Brasil. Da mesma forma, cada país possui a sua própria extensão de domínio, como por exemplo .ar para Argentina, .us para os Estados Unidos (United States of America), .uk para Reino Unido (United Kingdom) e assim por diante.
A este acréscimo na extensão do domínio, dá-se o nome de Country Code Top-Level Domain, daí a sigla ccTLD. A tradução seria algo como domínio de topo de código de país.
O ccTLD não é obrigatório para um domínio. Seu uso é opcional. No entanto, ele é bastante usado para reforçar que o site em questão pertence àquele país. Empresas que possuem presença em muitos países também o utilizam, para diferenciar seus sites em cada país. Por exemplo, a Amazon possui o site amazon.com, em inglês, para acesso de pessoas no mundo todo, e o site amazon.com.br, em português, para atender clientes no Brasil (além de sites em diversos outros idiomas). Se você quer se aprofundar, confira nosso artigo com 7 motivos para usar um domínio .br.
Alguns ccTLDs também são comumente usados com um propósito diferente deste, de vincular o site a um país. Isso ocorre com os ccTLDS que remetem a outros significados. Por exemplo, o ccTLD .tv foi criado para o país Tuvali, no entanto, ele é frequentemente usado por canais de televisão e conteúdo multimídia na internet. Muitas outras ccTLDs são usadas desta forma.
A lista completa de códigos de país para domínios de topo pode ser vista nesta página da Wikipedia.
Novas extensões de domínio (novas gTLDs)
Durante um bom tempo as TLDs disponíveis foram consideradas restritas em variedade de categorias. Apesar da adição regular de novas TLDs ao longo do tempo, as mudanças não pareciam satisfazer os anseios das empresas e do próprio público. Este cenário mudou a partir de 2014 quando o ICANN, entidade internacional que regula as TLDs, criou um vasto programa para a criação de novas TLDs. O objetivo foi o de ampliar consideravelmente a oferta de TLDs para estimular a inovação, competição e escolha do consumidor.
De lá pra cá, o programa do ICANN para expansão das TLDs genéricas criou centenas de novas extensões de domínios (veja aqui a lista), que foram sugeridas por empresas e pelo próprio público. Algumas das novas TLDs trouxeram bastante significado para os endereços da internet. Ao buscar por um endereço terminado em .hotel, o usuário provavelmente já tem uma ideia do que encontrará no site, não é mesmo?
Atualmente é possível registrar domínios usando terminações como .site, .dev, .design, .moda, .blog, isso para citar apenas alguns exemplos de novas TLDs. Também é possível encontrar extensões dedicadas à grandes cidades, como .rio (Rio de Janeiro – Brasil), .nyc (Nova York – EUA), .paris (Paris – França), entre outras. Até mesmo o Registro.br aderiu às novas extensões, ao criar terminações dedicadas às cidades brasileiras e a setores de tecnologia, como .dev.br e .app.br.
No processo de sugestão de novas TLDs, o ICANN permitiu que empresas criassem TLDs vinculadas às suas marcas. Estas são conhecidas como branded extensions (extensões de marca). Várias empresas conhecidas criaram TLDs próprias. Este é o caso, por exemplo, da TLD .bradesco, criada pelo banco Bradesco para nomear seus produtos (experimente acessar banco.bradesco e confira) e da TLD .google, criada pela gigante das buscas para diversos de seus produtos (ex.: domains.google), para citar apenas algumas.
Alfabetos não-latinos também tiveram vez no processo de criação de novas TLDs. Assim, caracteres árabes, chineses, russos e outros também possuem opções de TLDs em seu próprio idioma.
Qual TLD escolher para o seu site?
Apesar de não existirem regras para a escolha de TLDs, a definição da extensão deve ser feita com cuidado. Se por um lado TLDs tradicionais como .com e .com.br podem ser consideradas “caretas” por alguns usuários, elas são necessárias em muitas situações. Por outro lado, extensões genéricas, como .xyz, podem afugentar usuários em um resultado de busca. Isso não significa, no entanto, que as novas TLDs devem ser ignoradas.
Ao registrar um novo domínio, seus objetivos e os aspectos do seu negócio devem ser levados em consideração. Para uma marca, na maioria das vezes é recomendado registrar vários domínios – usando o mesmo nome ou variações, e em mais de uma terminação. Portanto, se você possui uma empresa no Brasil, registre a versão .com.br e também a versão .com. Mesmo que você não utilize as duas, sua marca estará protegida de outra pessoa registrando o mesmo nome, ao menos nesta variação.
Se existe alguma TLD que esteja ligada ao seu ramo de negócio, pode ser muito interessante usá-la. Por exemplo, se você é um designer, pode ser uma ótima jogada de marketing usar a TLD .design ou .des.br. Vejamos, por exemplo, a empresa de hospedagem KingHost. Recentemente, a empresa trocou seu domínio principal, que era kinghost.com.br para simplesmente king.host. Interessante, não é mesmo?
A propósito, a KingHost criou uma ferramenta gratuita que sugere os domínios ideais para o seu tipo de negócio. Basta informar o nome da sua marca e o segmento de atuação para ver as extensões mais indicadas para o seu site. Não é obrigatório efetuar o registro pela KingHost, embora essa opção esteja disponível na etapa final da ferramenta. Uma dica: seja qual for o seu site, tente garantir também o .com e o .com.br, mesmo que seja apenas para evitar o registro desses domínios por terceiros.
Conclusão
Ao escolher um domínio para o seu projeto ou empresa, conhecer as regras do jogo é fundamental. E como vimos, a extensão de um domínio tem um papel importante na identificação de um site, podendo vinculá-lo a um país ou atividade. Dependendo da escolha da TLD, o domínio pode criar conexões e despertar a imaginação dos usuários antes mesmo do site ser acessado.
Atualmente, com a oferta enorme de TLDs genéricas e um pouco de criatividade, é possível criar endereços muito interessantes para seu projeto online.
Agora que você já sabe o que é uma TLD e qual escolher para o seu site, veja a nossa seleção das melhores empresas para registro de domínio e garanta o seu endereço. 😉
tentei migrar um domínio para o Wix não consegui, depois tentei migrar para o WordPress tambem não foi possivel, o dominio é no formato .com.br,
em ambos a mensagem é basicamente essa:
” Infelizmente, seu domínio não pode ser transferido para o Wix pois não suportamos este TLD (domínio de topo). Em vez disso, você pode conectar seu domínio ao seu site.”
você saberia dizer oq ocorre? é possível resolver?
Cofundador - Tudo Sobre Hospedagem de Sites
Olá, Diogo,
Essa mensagem indica que você não pode levar o seu domínio, que possui a terminação .com.br, para ser gerenciado pelo Wix ou pelo WordPress.com. Pelo fato de ambos não serem revendedores da terminação (TLD) .com.br, eles não conseguem administrar as renovações do domínio, muito menos realizar o gerenciamento do DNS.
Apesar disso, é perfeitamente possível ter um site no Wix ou no WordPress.com utilizando a terminação .com.br. Para isso, você deve manter o gerenciamento do domínio no local onde o registrou (ex.: Registro.br) e deve realizar o apontamento do domínio para os servidores da plataforma desejada.
Os passos fundamentais para realizar este apontamento são dois:
As instruções detalhadas para o procedimento no Wix estão aqui e para o WordPress.com aqui (ambas em inglês).
Espero ter ajudado! Qualquer dúvida, é só retornar.
Abraços!